um poema e me lembro – quando muito – de uma canção
Ao redor, cenas perfeitas nos gestos
E rostos desconhecidos
E você monta num roteiro imaginário
Diálogos não ouvidos, reconstruindo
Num piscar de olhos a vida, um teatro?
Olhos abertos, submergimos em nossa própria história
ah, essas águas contidas que às vezes
rompem barragens e nos arrastam no turbilhão...
Essas pupilas que se refletem não precisam de linguagem;
são dois espelhos cara a cara à procura de uma imagem
quando a vêem são muitas, divididas
Girar a roda do tempo
tornar àquela praia, falar ao vento
e às ondas do mar do ponto
em que se se cruzaram - estranhos – nossos caminhos...
entre quatro paredes reviver os momentos de prazer
e dor antecipada da tristeza mais funda deste mundo...
As mil histórias que vivemos rebelam-se
à escritura, não querem perenidade à falta de futuro
talvez só um pouco de ternura, querem ser presente,
mesmo que efêmera felicidade
rc
2 comentários:
OLá RENATA,
sou seu mais novo seguidor e agradeço, sinceramente sua adesão ao meu blog "Falando sério".
E ficou gravado na mente, esta palavra da sua postagem: Efêmero!
É a grande praga do mundo contemporâneo,tudo é rapidinho, vapt,pupt como diria o maior humorista deste país, Chico Anísio.
Ou então, num linguajar sociológico e mais hermético o que disse sobre a nossa sociedade atual, da informação e globalizada, o Cientista Social Alvin Toffler, ao reconhecer que a sociedade da informação " decretou a morte da permanência", em todas as atividades humanas.
Este tal do efêmero, incomoda mais do que um cisco no olho!
Abração carioca.
E estes momentos eternizados são, nas folhas que carregamos, em forma de pensamentos. E nada melhor do que por o pés na areia e olhar as ondas do mar, num vai e vem!
Beijo
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