quinta-feira, 21 de abril de 2016

DEPOIS..., POEMA DE PAULO MAURICIO G. SILVA


DEPOIS...

Para onde vão as folhas, depois das ramagens?...
E por quais ventos elas são sempre levadas,
Talvez cobrindo chãos de sombras arruinadas,
Trilhos mortos de fuliginosas paragens?...

Como as cinzas também, das paixões consumadas,
Levadas pelo vago sopro das aragens?...
Para quais horizontes, para quais paisagens?...
Bem como as borboletas, depois das floradas...

Para onde vão as nuvens, alvas passageiras?...
Pétalas ressequidas de tantas roseiras,
E as rosas também, depois que elas são beijadas?...

- Também irei, depois das ilusões primeiras,
Passadas as felicidades derradeiras...
Depois do teu adeus... Das tuas costas voltadas...



3 comentários:

Wonder disse...

Lindissimo poema seguida de uma imagem a destacar a beleza física da mulher num todo.
Ja estou a segui-la desde já... um big bj nas entrelinhas dos seu coração.
wonder... de uanderesuascronicas.

Daniel Costa disse...

Renata

Quantas vezes também as folhas se transformam em cinzas. Talvez o seu destino seja apodrecer, mas tem poemas que as resgatam, como é o caso.
Beijos

Anônimo disse...

Mais um belíssimo poema, Renata.
A tua escrita delicia-me!

Um beijo, lindona!