PENÉLOPE
Ela só dá ponto sem nó
Tece minutos, tece horas
Tece anos, tece amor
Amor tecido ter sido
Amortecida toda ela
A morte em vida
À espera
Os deuses fazem desfazem
Os heróis luzem grandes feitos
E das mulheres o que foi feito?
Um ponto de lágrima
Um ponto de cruz
Um ponto de esperança
Penélope não se cansa
Gira a roda e se enrosca
Nas malhas do destino
A felicidade por um fio?
Desmancha de noite
O trabalho do dia
Pálida presença na Odisséia
Não mereceriam
As mil provas de agonia
Em vez de cantos ao recato
O reverso do verso
De uma Penelopéia?
@ Renata Cordeiro
7 comentários:
Nice ;)
Essa Penélope vou te contar
ela é mesmo de aprontar
se ela com ponto cruz
borda até acabar a luz
como pode que mesmo assim
poesia faz, bom mas enfim
que tenho eu que ver com isso
se vim aqui pra só ler e ver...
Beijo
Renata
Penélope tecia mas Ulisses não aparecia, que valia era retroceder. Sempre houve a fé de vencer.
Beijoser
Olá Renata! Passando para te cumprimentar e apreciar mais uma das tuas belas criações.
Beijos e muita paz para ti e para os teus.
Furtado.
Um mimo, beeem quentinho, delicadamente sensual, gosto muiiiito deste estilo de leitura, viajar, sonhar, delirar e dxar pra guria beijinhos e beijinhosssssssssss
O teu poema é uma verdadeira odisseia poética.
Excelente, gostei imenso.
Tem um bom fim-de-semana, querida amiga Renata.
Beijo.
O teu poema é uma verdadeira odisseia poética.
Excelente, gostei imenso.
Tem um bom fim-de-semana, querida amiga Renata.
Beijo.
PS: a verificação de palavras é penosa, já que são precisas várias tentativas. Sugiro que a retires para não dar trabalho aos teus leitores...
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